Ao contrário de Rebecca e a minha prima Raquel, que me encheram (e bem) as medidas, com esta coleção de contos já não tive a mesma experiência.

Nos contos, sinto que a Daphne não tem tempo (ou não quer) aprofundar as histórias e, por mais páginas que o conto tenha, parece-me sempre tudo muito óbvio desde o início. O leitor fica apenas à espera do momento em que autora decida terminar a história e fazer acontecer o que estava previsto desde o início. 

Como sempre, há muitos tipos de leitores diferentes, que gostam de coisas diferentes. Eu aprecio um desenvolvimento lento e muito carregado de sinais. Sabem quando até as coisas mais simples e mundanas parecem acrescentar sensações de inquietação? É aí que está o meu sweet spot. Nestes contos, a narrativa é sempre mais direta, mas nem por isso deixa de ser assustadora. 

Desta seleção gostei muito de Os Pássaros, apesar de ter preferido outro tipo de final e, durante uns dias, andei mesmo a olhar com outros olhos para os pássaros 😅. Também gostei de As Lentes Azuis e O Álibi, ambos com motivações mais internas do que externas (também a minha preferência).

Resumindo, é uma leitura que recomendo a apreciadores do género e que, no final do dia, achei bastante interessante. 

Já leram? O que acharam desta seleção e o que acham da Daphne Du Maurier?

⭐️⭐️⭐️⭐️

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