Opinião: Lev Grossman — The Magicians
The Magicians lê-se como uma porta de escape, como uma prova de que, afinal, a magia é real. Muitas vezes comparado ao Harry Potter, The Magicians é um livro diferente. Mais cruel. Mais real. Menos perfeito. Chega-nos não na infância, não como um resgate de uma criança não amada, mas como um último sopro. Chega-nos através de Quentin, um jovem adulto que acha que a vida tem de ser mais do que isto.
In Fillory things mattered in a way they didn’t in this world. In Fillory you felt the appropriate emotions when things happened. Happiness was a real, actual, achievable possibility.
A história não vai ser nova — e é daqui que a comparação ao Harry Potter nasce. Uma escola mágica. Professores. Adversidades. Apesar do conceito não ser novo, Lev Grossman introduz alguns elementos que levam a magia mais longe do que feitiços e consequências. Pensem num mix de Narnia com Harry Potter — estão perto.
The Magicians é o primeiro livro de uma trilogia e é o meu preferido porque é aqui que Quentin nasce, é aqui que passamos de uma vida “normal” para o outro lado do espelho. É também aqui que exploramos mais as personagens, que as vemos crescer. Nos outros dois, ainda que esse desenvolvimento continue a existir, estamos mais perante um desenrolar de “aventuras”.
Most people are blind to magic. They move through a blank and empty world. They’re bored with their lives, and there’s nothing they can do about it. They’re eaten alive by longing, and they’re dead before they die.
Se gostam de fantasia, deviam ler o The Magicians. E se estão a pensar em ler com os mais novos aí de casa — não o façam. Este é um livro para adultos. Ah! E não partam para esta leitura com o Harry Potter em mente, vão ficar com saudades desse mundo mais simples.
⭐️⭐️⭐️⭐️
