Opinião: Sylvia Plath — A Campânula de Vidro

Confesso que a Campânula de vidro da Sylvia Plath está na minha estante há já algum tempo. Tinha pesquisado um pouco sobre ele e achei que devia ser pesado, principalmente para esta altura em que estamos. Portanto, fugi dele e refugiei-me em livros mais alegres - até agora que foi escolhido para o Bookclub em que participo — e ainda bem. 

Sylvia Plath Campânula de vidro

Não, não é um tema alegre, mas é contado com tanta leveza que, ao mesmo tempo que nos mostra o lado de lá, também nos normaliza toda aquela situação. Enquanto nos explica o que é não querer viver, também nos explica que pode acontecer a qualquer um — que a diferença entre (a percepção) a loucura e a sanidade é quase inexistente, é uma linha que podemos atravessar de um momento para o outro. 

É também um relato, realista, do que é ser uma pessoa, do que é esperarem coisas de nós e de não sabermos bem o caminho. 

Apesar de tudo isto, não pensem que é um livro difícil de ler, porque não é mesmo. A linguagem é simples e a história está sempre a andar, como se não valesse a pena parar para pensar. É um livro que recomendo muito e que estou feliz por ter saído da pilha dos livros por ler. 

⭐️⭐️⭐️⭐️

 

PUBLICAÇÕES RECOMENDADAS

Anterior
Anterior

Opinião: Patrick Rothfuss — O Nome do Vento

Próximo
Próximo

Opinião: TJ Klune — The House in the Cerulean Sea