Opinião: Michelle Paver — Thin Air: A Ghost Story

Thin Air, de Michelle Paver, é, como o nome nos indica, uma história de fantasmas, mas é também uma história de condições extremas. Uma mistura de mentes afetadas pela altitude, mas também pelas histórias de todas as pessoas que já perderam a vida na mesma montanha que estão agora a tentar conquistar — Kangchenjunga.

Uma história onde o real e o sobrenatural se fundem e onde são igualmente assustadores.

Imagem de um Kobo branco com o livro Thin air

Um grupo de alpinistas decide conquistar Kangchenjunga, a terceira montanha mais alta do mundo, e também uma das mais fatais. Vamos acompanhando toda a subida, incluindo todos os desafios, sejam eles físicos ou psicológicos. As condições adversas são muito exploradas, bem como o impacto que têm nos homens e nas relações entre eles. 

Except it isn’t the worst, I keep discovering new “worsts”. It’s as if I’m trying to touch bottom, but I haven’t, not yet.

É uma história lenta que, para mim, só ficou mais interessante nos 80% (li no Kobo 😅). Há muitos momentos em que nada está a acontecer e temos apenas descrições detalhadas do processo de escalada — que pode ser interessante para quem tiver curiosidade (eu não sou amiga da neve). Em contrapartida, em situações de tensão, as descrições também são lentas, mas aqui gostei delas porque deixam a inquietação crescer.

De uma forma geral, gostei do livro, principalmente da parte final, mas descobri que escalar montanhas não é um tema que me interesse. A atmosfera esteve sempre bem trabalhada, principalmente e mais para o fim, houve uma ambiguidade constante e gostei do desfecho que a autora criou. Lê-se muito rápido e acho que pode ser especialmente interessante para quem gosta de histórias nestes locais ou em condições extremas.

⭐️⭐️⭐️

 

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